Na área da saúde, a segurança e o atendimento precisam ser prioridades absolutas. Nesse sentido, o FMEA (Failure Mode and Effect Analysis), ou Análise dos Modos e Efeitos de Falha, em português, surge como uma ferramenta interessante.
Essa metodologia, inicialmente desenvolvida para a indústria bélica e automotiva, tem se mostrado uma aliada fundamental na identificação e prevenção de potenciais falhas nos processos e procedimentos da saúde.
Por isso, neste artigo, entenderemos mais sobre o que é o FMEA, como funciona e, sobretudo, quais são os seus benefícios específicos para a área da saúde. Continue lendo!
O que é FMEA?
FMEA é a sigla para Análise dos Modos e Efeitos de Falha, do inglês Failure Mode and Effects Analysis.
Essa ferramenta é utilizada para identificar, avaliar e mitigar potenciais falhas em processos, produtos ou projetos, visando prevenir problemas antes que eles ocorram. Ou seja, ela analisa o nível de confiabilidade de sistemas e identifica as vulnerabilidades.
Essencialmente, o FMEA envolve a análise detalhada de cada etapa de um processo, identificando os possíveis modos de falha, as causas subjacentes e os efeitos dessas falhas.
Com base nessas análises, são propostas medidas preventivas e corretivas para mitigar ou eliminar os riscos identificados.
O objetivo final do FMEA é melhorar a confiabilidade, segurança e desempenho do sistema como um todo.
Na área da saúde, o FMEA procura reduzir os danos para vários agentes e pacientes no geral.
Benefícios do FMEA na área da saúde
A aplicação do FMEA na área da saúde oferece uma série de benefícios significativos, ajudando a garantir a segurança dos pacientes, a eficiência dos processos e a qualidade dos cuidados médicos.
Confira os principais benefícios!
Identificação proativa de riscos
O FMEA permite uma análise minuciosa de cada etapa dos processos de saúde, identificando potenciais modos de falha antes que eles ocorram. Dessa forma, é possível prevenir eventos adversos e reduzir o risco de danos aos pacientes.
Melhoria da qualidade e segurança
Ao identificar e mitigar os riscos, o FMEA contribui para a melhoria contínua da qualidade e segurança dos serviços de saúde. Assim, o empreendimento pode prestar uma assistência mais confiável e eficaz para os pacientes.
Redução de erros e incidentes
A implementação de medidas preventivas e corretivas baseadas na análise do FMEA ajuda a reduzir a ocorrência de erros médicos e incidentes adversos, protegendo a saúde e o bem-estar dos pacientes.
Otimização de processos
Ao identificar oportunidades de melhoria nos processos de saúde, o FMEA permite otimizar a eficiência operacional, reduzir desperdícios e garantir uma utilização mais eficaz dos recursos disponíveis.
Conformidade regulatória
A utilização do FMEA na área da saúde ajuda as instituições a atenderem às exigências regulatórias e padrões de qualidade, como os estabelecidos por órgãos reguladores e agências de acreditação.
Promoção da cultura de segurança
A implementação do FMEA promove uma cultura organizacional focada na segurança do paciente. Nesse sentido, essa metodologia incentiva a comunicação aberta, o trabalho em equipe e o aprendizado contínuo sobre segurança e qualidade.
Apesar de trazer essas vantagens, o FMEA também tem desvantagens a serem consideradas, como a falta de uma equipe qualificada para analisar processos e resultados.
Além disso, a exatidão do cálculo é algo a ser questionável, visto que o cálculo de probabilidade de riscos pode apresentar falhas.
Como criar e aplicar o FMEA na área da saúde
A criação e aplicação do FMEA na área da saúde envolve várias etapas fundamentais para garantir uma análise ampla e eficaz dos processos e procedimentos.
Veja o passo a passo para fazer isso!
1. Selecione o que será analisado
Escolha um processo, produto ou projeto específico na área da saúde que seja crítico para a segurança dos pacientes ou para a eficácia dos serviços. Isso pode incluir desde a administração de medicamentos até a realização de cirurgias.
2. Forme uma boa equipe
Reúna uma equipe que tenha conhecimento para analisar o processo, produto ou projeto escolhido. Esta equipe fornecerá uma variedade de perspectivas e experiências essenciais para a análise e poderá incluir profissionais de diferentes áreas médicas.
3. Identifique potenciais modos de falha
Faça uma análise detalhada do processo escolhido para identificar todos os possíveis modos de falha. Ou seja, qualquer evento ou condição que possa levar a um resultado indesejado para o paciente, como erros de medicação, falhas de equipamento ou lapsos na comunicação.
4. Determine as causas das falhas
Para cada modo de falha identificado, investigue as causas subjacentes que podem contribuir para o seu surgimento. Isso pode envolver a realização de análises de causa raiz, entrevistas com membros da equipe ou revisão de registros e documentos relevantes.
5. Avalie os efeitos das falhas
Para cada modo de falha e causa identificados, avalie os potenciais efeitos sobre os pacientes, a equipe e a organização como um todo. Além disso, determine a gravidade do impacto, a probabilidade de ocorrência e a capacidade de detecção das falhas.
6. Calcule o índice de risco
Combine as avaliações de gravidade, probabilidade e detecção para calcular o índice de risco de cada modo de falha. Dessa forma, será possível priorizar as áreas de maior preocupação e focar nos esforços de melhoria.
7. Faça um plano de ação
Com base na análise do FMEA, desenvolva planos de ação específicos para mitigar ou eliminar os riscos identificados. Nesse sentido, considere a revisão de protocolos, a implementação de controles de segurança adicionais ou a realização de treinamento da equipe.
8. Monitore e revise
O processo de FMEA não termina com a implementação das medidas corretivas. Sendo assim, é importante monitorar continuamente os resultados, revisar as análises e ajustar os planos de ação conforme necessário para garantir a eficácia contínua da abordagem.
Ao seguir esses passos, você estará capacitado a criar e aplicar o FMEA de forma eficaz na área da saúde, promovendo uma assistência mais segura e de qualidade para os pacientes.
Conclusão
Por fim, a aplicação do FMEA na área da saúde representa uma abordagem proativa e sistemática para identificar, avaliar e mitigar riscos potenciais nos processos e procedimentos médicos.
Nesse sentido, ao adotar essa metodologia, as instituições de saúde podem colher uma série de benefícios significativos, incluindo a melhoria da qualidade e segurança dos cuidados prestados aos pacientes, a redução de erros e incidentes adversos, e a otimização da eficiência operacional.
Logo, ao seguir os passos para criar e aplicar o FMEA de forma adequada, as equipes de saúde podem identificar áreas de preocupação, implementar medidas corretivas e preventivas, e promover uma cultura organizacional focada na segurança e na excelência dos cuidados médicos.
Portanto, é crucial que os profissionais da saúde estejam familiarizados com o FMEA e suas aplicações, e que as instituições incentivem sua utilização como parte integrante dos esforços contínuos para promover a qualidade e segurança dos serviços de saúde.
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